Como são calculadas as Vspeed? Cálculos Airbus, riscos e procedimentos essenciais para pilotos

Segurança na Decolagem: O Guia Definitivo das Velocidades V1, VR e V2

Descubra como as velocidades críticas de decolagem são calculadas, testadas e aplicadas - e por que seu monitoramento pode evitar acidentes catastróficos.
Diagrama de velocidades V1, VR e V2 durante a decolagem

As três velocidades críticas que definem os limites operacionais da decolagem

Decisões de vida ou morte a mais de 200 km/h! O monitoramento preciso das velocidades V1, VR e V2 durante a decolagem é um dos momentos mais críticos da aviação comercial. Este guia exclusivo revela como essas velocidades são determinadas nos testes de certificação da Airbus, quais riscos catastróficos evitam, e por que seu rigoroso cumprimento é essencial para a segurança de voo.

As Três Velocidades que Definem a Segurança da Decolagem

Diagrama comparativo V1, VR e V2

Conheça as definições operacionais que todo piloto deve dominar:

  • V1 (Velocidade de Decisão): Limite máximo para abortar a decolagem com segurança
  • VR (Velocidade de Rotação): Momento para iniciar a rotação da aeronave
  • V2 (Velocidade de Segurança): Mínima para garantir desempenho com motor inoperante

"Essas velocidades definem os limites físicos da aeronave e as margens de segurança", explica engenheiro de testes da Airbus.

V1: A Velocidade que Decide Entre Parar ou Continuar

Como a V1 é determinada:

  • Deve ser maior que VMCG (Controle Direcional no Solo)
  • Deve ser menor que VMBE (Energia Máxima dos Freios)
  • Considera tempo de reação humano (1 segundo após falha)

Consequências de violar a V1: Abortar acima desta velocidade pode causar excursão de pista ou incêndio nos freios. Continuar abaixo dela após falha de motor pode resultar em perda de controle direcional.

"A rejeição após V1 é uma das situações mais perigosas na aviação comercial", alerta instrutor de simulação.

Indicador V1 no PFD

VR: A Ciência Por Trás da Rotação Perfeita

Teste VMU (Minimum Unstick Speed) no A380

Teste extremo de VMU - A aeronave decola no limite físico (Fonte: Airbus)

Cálculo da velocidade de rotação

Fatores críticos na determinação da VR:

  • 1.05 x VMCA (Controle em Ar)
  • VMU (Velocidade Mínima de Descolagem)
  • Limite estrutural dos pneus (VTIRE)
  • Taxa ideal de rotação: 3° por segundo

Rotação prematura causa tailstrike; tardia compromete performance.

V2: A Rede de Segurança no Ar

Indicador V2 no PFD

Requisitos críticos para a V2:

  • Mínimo 1.13 x VS1g (velocidade de stall)
  • Mínimo 1.10 x VMCA
  • Garantia de alcançar 35 pés no final da pista

Voar abaixo da V2 após falha de motor pode levar à perda de controle. Acima, compromete a capacidade de subida.

Erros Fatais: Quando as Velocidades São Ignoradas

Riscos de rejeição tardia de decolagem

Casos reais documentados:

  • V1 excedida: Incêndio nos freios após RTO a alta velocidade
  • VR incorreta: Tailstrike durante rotação prematura
  • V2 não mantida: Queda de performance após falha de motor
  • Erro de cálculo: Confusão entre ZFW e peso bruto

Checklist do PM: Monitorando as Velocidades

Checklist do Pilot Monitoring

O papel crucial do Pilot Monitoring:

  1. Verificar cruzada de V1/VR/V2 calculadas
  2. Confirmar entrada correta no FMGS
  3. Briefing completo antes da decolagem
  4. Anúncio claro e preciso da V1
  5. Monitorar taxa de rotação e aceleração

"80% dos erros de velocidade ocorrem por falhas no cross-check", revela estudo de segurança.

✈️ As 3 Regras de Ouro da Decolagem Segura

V1

Nunca continue abaixo
Nunca aborte acima

VR

Rotacione na velocidade exata
Taxa: 3°/segundo

V2

Mantenha após falha
Alcance 35 pés ao final da pista

"Conhecer as velocidades é técnico. Respeitá-las é sobrevivência."

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